Texto básico: Fp 4:15-19
Você tem facilidade de falar sobre seus problemas e necessidades?
Consegue abrir o seu coração para pessoas que confia?
Qual é a importância de compartilharmos nossas vidas uns aos outros?
A caminhada cristã nos desafia a viver em total transparência.
Quando construímos espaços para compartilharmos alegrias e necessidades, abrimos portas para relacionamentos profundos e saudáveis.
Todos nós lutamos para esconder nossas imperfeições e fraquezas. Queremos parecer perfeitos em casa, no trabalho e em todo lugar. Temos que dar conta de tudo! Nós pensamos: se eu confessar isso, o que vão pensar de mim? Este tipo de pensamento só nos distancia da vontade de Deus.
Permitimos que o Espírito Santo trabalhe em nosso interior na medida em que nos abrimos com pessoas que caminham conosco e, como nós, também estão dispostas a crescer. Quando compartilhamos nossas necessidades, damos a oportunidade delas se aproximarem e nos ajudarem. Assim, serão abençoadas e glorificarão a Deus. Ao mesmo tempo, quando escondemos nossas demandas, caminhamos rumo ao isolamento. Não é isso o que Deus deseja para nós. Um grupo de discipulado nos proporciona este ambiente de graça que permite a transparência.
É uma via de mão dupla! Recebemos a oportunidade de termos nossas necessidades supridas quando necessário, mas também podemos ser instrumentos de Deus para responder às necessidades das pessoas ao nosso redor.
O Exemplo de Epafrodito
A Bíblia nos conta a história de um homem chamado Epafrodito, um verdadeiro discípulo de Jesus. Ele tinha muitas qualidades, dentre elas ser alguém que Paulo abraçava como irmão. Não era apenas um irmão em Cristo, mas também alguém que se tornou companheiro de jugo, parte do círculo íntimo do apóstolo Paulo. Era alguém em quem se podia confiar nos momentos mais difíceis.
Epafrodito conseguiu representar todo o amor e a preocupação da igreja de Filipos para com Paulo. Ele viajou mais de mil e trezentos quilômetros em um ou dois meses. Não era uma viagem fácil nem rápida. Persistiu, superou os obstáculos e chegou pronto para ministrar a Paulo. Colocando-se na brecha, Epafrodito quase morreu.
Nós precisamos de parceiros assim: pessoas que, além de fiéis ao Senhor, demonstrem ser plenamente comprometidas conosco. Se precisarmos, elas se expõem a riscos só para estar conosco e nos socorrer nas necessidades, especialmente as do coração.
Epafrodito nos mostra a diferença entre conhecer as necessidades e realmente responder às necessidades de alguém.
Tantas vezes, como igreja, conhecemos a necessidade de uma pessoa e dizemos: vamos orar por você. Evidentemente, orar é uma atitude muito importante, mas, em muitos casos, poderíamos fazer bem mais. A igreja de Filipos, não enviou uma carta de encorajamento para o apóstolo Paulo. Enviou Epafrodito, como um sinal prático de amor.
As necessidades de Paulo foram supridas pois se manteve aberto em relatar a situação em que estava vivendo. Este é um comportamento de um discípulo de Jesus! Somos corpo de Cristo e Deus utiliza os membros para suprir as necessidades uns dos outros.
Continua…