O QUE NÃO É O PERDÃO – PARTE 2

Texto Básico: I Sm 24:3-13; 26:7-9, 17-25; Gn3:6-19 

Recapitule as partes importantes da lição anterior.

Quando estudamos as atitudes desse moço e comparamos com a atitude de Eva (Gn 3:6-19), fica claro a diferença de quem conhece o seu Deus. A mulher não teve temor a Deus, pecou e levou o outro a pecar, enquanto Davi, temeu e poupou a vida do outro.

Isso nos ajuda a entender o que perdão não é. Langberg e Clinton escreveram sobre isso. O perdão:

  • Não significa que todas as injustiças cometidas contra nós são aceitáveis.
  • Não diminui o mal feito contra nós, nem é uma negação do que aconteceu.
  • Não exige reconciliação. Esta última atitude envolve a reconstrução da confiança e a restauração da relação e, em alguns casos, especialmente quando algum tipo de abuso foi praticado, nem sempre é possível ou recomendável a reconciliação. E preciso ao menos duas pessoas para haver reconciliação, mas apenas uma para perdoar.
  • O perdão não tira as consequências que a outra pessoa terá de enfrentar por causa do seu pecado.
  • Não é fraqueza. É a coisa mais poderosa que podemos fazer.
  • Não depende de ações da outra pessoa e não é chantagem (Eu vou lhe perdoar, desde que você pare de beber)
  • Não exige que nos tornemos um “capacho” nem que permitimos que o infrator nos machuque novamente.
  • Não significa necessariamente que esquecemos. É uma escolha, bem como um constante processo pelo qual passamos, e lembraremos isso.

Fica claro para nós que perdoar é uma decisão espiritual de ser livre e deixar a outra pessoa livre do peso espiritual que carregam. Isso quer dizer que espiritualmente estamos livres da condenação, mas temos as consequências físicas dos erros cometidos. Ex. se cometeu um homicídio. Jesus perdoou, porém precisa sofrer a condenação civil penal de estar preso pelo tempo determinado em seu julgamento. Essa lei foi o próprio Deus quem estabeleceu. (Dt 19:11-21).

Aqui vemos a importância do perdão de Jesus, não levou em conta a gravidade de nossos pecados, mais a intensão pela qual era feito, reconciliando-nos a Ele.